A “FAFO – Institute for Labour and Social Research” é uma fundação independente de investigação em ciências sociais, que se debruça no estudo das condições profissionais, vida organizacional, sociedade e política, relação entre política e condições de vida, bem como sobre democracia e desenvolvimento. A FAFO foi fundado pela Confederação Norueguesa de Sindicatos (LO) em 1982 e reorganizada para se tornar uma fundação sem fins lucrativos em 1993. Especificamente, investiga temas como organização e regulação coletiva, formas de inserção no mercado de trabalho, integração e exclusão no mercado de trabalho, qualificação e aprendizagem ao longo da vida, formação contínua, concepção de serviços e benefícios sociais, integração europeia e globalização. O instituto também realiza estudos sobre as condições de vida e estratégias de desenvolvimento em países assolados por conflitos, bem como sobre transição e desenvolvimento pós-conflito. A maior preocupação da FAFO está em evidenciar as perspectivas das pessoas colaboradoras/trabalhadoras e excluídas do mercado de trabalho, pelo que a sua participação no presente projeto, que visa investigar a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar e a divisão do trabalho não pago entre mulheres e homens, no contexto da pandemia de COVID-19 em Portugal, gerou interesse na própria instituição e é da maior pertinência para a equipa portuguesa, que beneficiará de todo o conhecimento e experiência deste parceiro norueguês. A FAFO é um instituto de investigação voltado para o exterior que trabalha em estreito contato e diálogo com profissionais e instituições. Possui várias parcerias com entidades norueguesas e estrangeiras. A presente parceria com a Universidade do Porto será pioneira. Trata-se de uma instituição de grande produção de conhecimento, que se traduz em inúmeras publicações de artigos, livros e relatórios, além de elementos da sua equipa de investigação serem muito procurados para serem oradoras/es em conferências e seminários. É o instituto de investigação em ciências sociais mais citado na imprensa norueguesa, com reconhecimento de instituição de relevo na qual, frequentemente, decisores políticos baseiam as suas ações. A FAFO tem um total de 90 funcionários/as, 62 dos quais fazem parte do corpo docente do Instituto FAFO de Estudos Sociais e Laborais. As principais áreas de investigação incluem sociologia, ciência política, antropologia social, economia, fisiologia nutricional, história e direito.
A Ascendi é uma entidade vocacionada para a gestão de ativos e para a prestação de serviços de cobrança de portagens e de operação e manutenção de infraestruturas rodoviárias. É uma entidade de referência no mercado em que atua, detendo participações maioritárias em 6 concessões portuguesas e promovendo uma atuação integrada nos serviços que presta. Trata-se de uma empresa jovem, com 8 anos. Em termos de Recursos Humanos (RH), conta com 671 colaboradoras/es, com uma média de idade de 38 anos. Trata-se de uma empresa maioritariamente masculina (64% de homens e 36% de mulheres). Desde o início da pandemia de COVID-19, a empresa aderiu e investiu massivamente no teletrabalho, pelo que se torna uma interlocutora importante para entender a forma como a doença, e os seus ajustes laborais, afetaram as pessoas e as famílias portuguesas. Pretende-se assim, ir ao encontro do que pretende esta iniciativa, analisando as interligações entre o teletrabalho, a conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar e a divisão do trabalho não pago entre mulheres e homens, no contexto da pandemia de COVID-19. Acima de tudo, pretendemos juntos dos Recursos Humanos da ASCENDI, contribuir para a compreensão da experiência das suas trabalhadoras e trabalhadores, bem como perceber se as consequências socioeconómicas e o impacto financeiro da COVID-19 aumentaram o stress e a ansiedade nas famílias e, se a crise atingiu de forma desigual homens e mulheres no trabalho e em casa.
A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses – Intersindical Nacional (CGTP-IN) é a maior e mais antiga organização social de massas em execução em Portugal, associando 90 Sindicatos, 22 Uniões Sindicais Distritais e 12 Federações Setoriais. A CGTP-IN abrange, através dos diversos Sindicatos, Federações e Uniões sindicais, praticamente todos os sectores de atividade e regiões do território nacional. A CGTP-IN, enquanto central sindical dos trabalhadores/as portugueses/as, assume as suas responsabilidades em todos os domínios da sociedade portuguesa. Assim intervém nos domínios da formação profissional, saúde, segurança social, economia, finanças, cultura, migrações e combate ao racismo e xenofobia, da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no mundo do trabalho, entre outras. Sendo verdade que a temática da igualdade de oportunidades entre mulheres e homens ganhou novas e importantes dinâmicas, sobretudo, nos últimos anos, é justo realçar a intervenção crescente da CGTP-IN, através em particular da criação da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens.